Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o TCEMG e a Asscontas presentearam as servidoras da Casa com um dia especial. No auditório Vivaldi Moreira, a festividade contou com uma apresentação do coral Contas e Cantos, sorteios e a palestra Feminino Moderno, da escritora Laura Conrado.
No meio da manhã, Naila Mourthé, a diretora da Escola de Contas, fez as honras da Casa, como mestre de cerimônias, saudou o público e passou a palavra ao presidente do TCEMG, Gilberto Diniz, que fez um emocionante discurso direcionados às mulheres que trabalham na Corte de Contas. Disse ele, “celebrar o Dia Internacional da Mulher é a oportunidade de reconhecermos o êxito das servidoras e colaboradoras desta casa pela dedicação e o bom serviço realizado”. Afirmou que “diálogo e comprometimento se destacam na liderança feminina, além do conhecimento técnico, inteligência emocional, capacidade excepcional de percepção do ambiente, características que reconhece como próprias da figura da mulher no desempenho de suas funções”.
O presidente Gilberto Diniz declarou que gosta de ouvir as mulheres e, principalmente, de trabalhar com elas. Disse que tem orgulho das mulheres que estão nos cargos de direção deste Tribunal e, ao parabenizar todas funcionárias deste Tribunal, o fez, nominalmente, às doze diretoras do TCEMG.
“Apesar da justa homenagem”, o presidente lembrou que este dia nos deve levar a refletir sobre a equidade de gêneros e, principalmente, a luta por melhores condições de trabalho e direitos, iniciada no final do século XIX. Ressaltou que, apesar de recente, só a partir da Constituição Federal de 1988 se viu um considerável avanço na legislação e nas políticas públicas específicas para consolidar a cidadania feminina. Entretanto, “ainda temos muito a avançar para dar concretude a estes direitos”, declarou o presidente. Ele lembrou da opressão decorrente da desigualdade de gênero, do assédio sexual e moral, e do alarmante número de feminicídios no Brasil. Falou do direito à vida (das mulheres), da auditoria realizada pelo TCEMG para avaliar os programas públicos de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica, dos achados desta auditoria e das recomendações para o enfrentamento deste problema.
“Sejamos gentis e justos, as mulheres não precisam de apoio, precisam de espaço”. Antes de encerrar, o presidente apresentou a analista de controle externo,Lorena Oliveira de Souza, que recebeu aplausos por ter sido selecionada entre 32 Tribunais de Contas do Brasil para integrar o Conselho de Auditores da Organização das Nações Unidas (ONU). “Isso é um pequeno exemplo das conquistas das mulheres em postos cada vez mais relevantes”, fechou o conselheiro presidente.
A diretora de Gestão de Pessoas, Leila Renault, fez um breve discurso para homenagear as 978 mulheres do Tribunal. Falou dos desafios que enfrentamos diariamente, mas que, possuímos a nosso favor a leveza, a empatia e a sensibilidade para lidar com estes desafios. Destacou duas mulheres muito importantes na vida dela, a dona Alba Renault da Silva, sua mãe, hoje com 87 anos, uma mulher forte, guerreira que diante de tantas dificuldades da vida nunca esmoreceu e nem deixou de comemorar a vida; e a servidora aposentada, Tânia Maria Barra de Oliveira, que foi sua chefe, uma grande gestora, “minha referência de servidora pública”.
Palestrante – Laura Conrado
A palestrante Laura Conrado se apresentou na manhã e na tarde deste dia para que o tema, Feminino Moderno, O caminho da mulher para a reconexão consigo, chegasse ao público dos dois turnos.
Laura fez um relato emocionado da sua vida, falou sobre sua trajetória profissional e das barreiras emocionais vivenciadas. “Eu queria sempre mais, e mais, e não usufruía do momento presente”. Contou que possuía um sentimento de inadequação profunda que só foi compreender, olhando para gerações anteriores. Explicou sobre o mecanismo de compensação dos sistemas familiares e das escolhas emocionais resultantes das (feridas) experiências vividas pelos antepassados. Ela destacou o rolo invisível que enlaça as muitas gerações de mulheres.
A palestrante lembrou que as nossas ancestrais lutaram para que nós, hoje, pudéssemos ter a vida com direito a votar, “usar calças”, ter vida financeira. Porém, estas lutas deixaram o “feminino machucado”. Para Laura, reconhecer as feridas ancestrais é o primeiro passo no caminho para a cura. Aromaterapia, fitoterapia, medicina chinesa, retorno à ancestralidade, a palestra circulou por temas diversos para sugerir que a solução das emoções desequilibradas já está no mundo há muitos anos, como o escalda-pés, por exemplo.
O fechamento da festividade contou com a apresentação do coral Contas e Contos. Veja, abaixo, fotos das homenagens.
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